O que é tutor? O que é mentor? Entenda as diferenças

Apesar da maturidade alcançada pelos processos de gestão de pessoas não só nas grandes empresas, ainda há muita confusão entre termos e aplicações. Neste artigo, vamos elucidar uma questão que muitos fazem: o que é tutor? O que é mentor? Existem diferenças?

A resposta é sim. Ao longo deste artigo, vamos elucidar o conceito de ambas as funções, para que você entenda de uma vez por todas o que são e quais os seus benefícios. Continue a leitura!

O que é tutor?

Bom, no contexto corporativo, foco deste blog, o profissional de tutoria tem a função de guiar um colaborador ou até mesmo uma equipe em uma capacitação pré-estabelecida pela empresa. Pode ser um funcionário da própria companhia, como também um contratado de fora.

O tutor é uma pessoa muito experiente do seu papel, então colabora muito no aspecto técnico e de execução de tarefas. Ele age de forma bastante específica. Via de regra, para cargos diferentes precisa-se de tutores diferentes.

Se fizermos um paralelo com o futebol, o tutor é o técnico, ou seja, dará os direcionamentos para que o seu treinando execute da melhor maneira as tarefas do dia a dia, sempre visando a alta performance.

Funciona quase como um direcionamento pedagógico. O tutor observa os gaps do seu treinando, prestando uma assistência bastante certeira.

Também, outra vantagem é a relação mais próxima com os funcionários. O tutor terá a liberdade de entender, de perto, os anseios dos profissionais, compreendendo e assimilando mais rapidamente o que falta em relação a habilidades e competências.

Muitas organizações optam pela tutoria em detrimento ao mentoring (menos de 11% delas possui mentores, de acordo com o Instituto Brasileiro de Coaching). Você vai entender o porquê, a seguir.

O que é mentor?

Diferentemente do tutor, o mentor precisa ser um funcionário (ou ex-funcionário, em alguns casos) da empresa. Isso porque ele não tem só o papel de passar direcionamentos técnicos, mas também culturais e comportamentais.

O profissional elencado a fazer mentoria nas empresas é ainda mais experiente, e faz os treinandos enxergarem situações e ângulos totalmente diferentes. Funciona como uma espécie de guia não só de carreira. É alguém com uma enorme experiência na área na qual a pessoa que está sendo ajudada atua.

Como dito, é como um conselheiro para questões até mesmo fora do ambiente de trabalho, desde que reflita no mesmo. O mentoring deve incluir discussões em torno de anseios, objetivos e possibilidades de crescimento. É ótimo para os talentos mais jovens, que precisam acelerar o crescimento.

Ele é um profissional sênior, não raramente prestes a se aposentar, e que, no seu papel, possui uma função menos específica, tecnicamente falando. Ele será o passador de bastão em algumas situações, acolherá funcionários recém-contratados e personificará questões como valores, missão e visão da empresa.

O processo de mentoring funciona como uma via de mão dupla: o mentor ensina e aprende ao mesmo tempo.

Principais diferenças entre tutoria e mentoria

Caso ainda não tenham ficado tão claras as divergências entre as funções de mentor e tutor, elencamos alguns itens abaixo:

Direcionamentos

Podemos interpretar o tutor como um coach, que vai escutar bastante o treinando e o direcionar mais no aspecto técnico de execução de tarefas no dia a dia – algo mais pontual e direcionado a habilidades.

Já o mentor é alguém que dará uma visão mais holística de carreira, priorizando não só a condução técnica do dia a dia, como também o lado comportamental tanto no trabalho como na vida pessoal.

Posição na empresa

Para exercer a função, o mentor não necessariamente precisa estar atuando na empresa no presente momento. Hoje, existem casos em que ele atua como um consultor, colaborando para que a empresa desenvolva talentos de forma ágil e eficiente.

O tutor, por sua vez, é uma pessoa antenada em tudo o que acontece na companhia, necessitando passar isso para o treinando. Acima de tudo, ele ensina sobre assuntos relacionados ao cargo, os papéis e como aquele profissional se encaixará no contexto da organização.

Conclusão

Como deu para notar, as duas modalidades possuem características distintas. Considere combinar ambas nos processos de desenvolvimento de pessoas da sua empresa. É uma ótima maneira de valorizar o capital humano, reter talentos e direcionar as ações de recursos humanos para os resultados da companhia.