Motivando seu time: aprenda a enriquecer e agregar valor ao trabalho de sua equipe

Muitas receitas prontas são divulgadas a respeito de como manter as pessoas motivadas no trabalho. Porém, poucas delas são embasadas em conhecimento científico de Psicologia para serem, de fato, eficientes.

Em geral, os líderes são ensinados a oferecerem estímulos externos, como benefícios, aumentos, melhoria do ambiente físico, etc. Nada de errado com isso, até porque sua presença não produz motivação, mas a ausência de melhorias nesses aspectos certamente implica em falta dela.

Como a motivação acontece

Mas nem só de estímulo vive a motivação! Motivar requer uma combinação entre estímulos e enriquecimento do trabalho, já que a motivação é uma energia interna e pessoal. Os estímulos, quando aplicados sozinhos, têm prazo de validade, porque são externos. Precisam ser constantes, para que a bateria permaneça carregada, já que não alcançam em profundidade os valores, as prioridades e as histórias das pessoas.

O que dizem as pesquisas

Há de se considerar que, por vezes, até mesmo a própria pessoa desconhece o motivo que a impulsiona a agir.

Assim, desde a década de 60, pesquisas têm apontado a importância de proporcionar aos colaboradores e valorizar neles os seguintes aspectos:

∙ Autonomia;

∙ Responsabilidade;

∙ Crescimento;

∙ Aprendizagem;

∙ Reconhecimento, que geram realização e enriquecem o trabalho.

Um case para inspirar

Imagine uma secretária executiva, cuja função é mediar a comunicação entre diferentes níveis hierárquicos da empresa e administrar a agenda do diretor. O procedimento padrão é que as secretárias escrevam comunicados, que obrigatoriamente serão todos revisados e assinados por seus líderes.

Esse processo esvazia o sentido de boa parte do trabalho da secretária, já que ela não tem autonomia e nem responde pelo que produz, por isso, com apenas seis meses de empresa, ela já se sente desmotivada. Seu líder, percebendo o desânimo de sua assessora, tem investido em treinamentos comportamentais em busca de motivá-la.

Porém, isso não é suficiente, é preciso dar a ela oportunidade de aprender de forma ativa, de se desenvolver e de aplicar tudo isso no que faz.

(Re) Pensando a prática

O mais comum nesse caso é que o líder pense que algo precisa ser mudado nos treinamentos oferecidos.

Mas imagine se, ao invés disso, ele conversasse com ela, visando compreender o que ela valoriza e o que poderia agregar valor e significado à sua função. E então, a partir disso, enriquecesse o trabalho da secretária, nomeando-a consultora de comunicação interna, de forma que colegas de todas as áreas da empresa pudessem consultá-la para tirar dúvidas e aprender com ela.

Ela provavelmente procuraria aprender mais e desenvolveria novas competências para atender as demandas de seus pares, se responsabilizaria mais, ganharia reconhecimento interno, oportunidade de crescimento e contribuição, com um pouco de autonomia.

Seu superior teria uma visão ampliada sobre sua capacidade. E, conforme ela progredisse, ele poderia fazer modificações gradativas. Por exemplo, deixando que a secretária assinasse os comunicados e se responsabilizasse por eles, de modo que ela precisaria encontrar maneiras de escrever informes cada vez melhores.

O essencial

Essas mudanças no processo, quando alinhadas aos treinamentos e outras ações que promovam a aprendizagem ativa e autônoma das pessoas, possibilitam que o potencial individual seja desenvolvido e otimizado, representando um significativo diferencial para a expansão de cada um e da empresa como um todo.

Abrir espaço para que uma cultura de aprendizagem e desenvolvimento se fortaleça e se estabeleça é a chave para que cada um busque o que faz sentido pra si e, portanto, manter viva a motivação do seu time.

 

Bibliografia

Para saber mais sobre o tema, indicamos o artigo da Cecilia Whitaker Bergamini, intitulado Motivação: uma viagem ao centro do conceito. É possível encontrá-lo em:https://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/gvexecutivo/article/view/34822/33620

 

Indicação de leitura:

∙ Gerenciando Pessoas, Harvard Business Review.

∙ Gestão de Pessoas, Sylvia Constant Vergara.

 

E não termina aqui! Continue acompanhando nosso blog para saber um pouco mais sobre cultura de aprendizagem e desenvolvimento nas empresas.

Kaptive-se!

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